Casa de campo rústica de cimento queimado e tijolos aparentes
Fogão a lenha aceso, o horizonte mágico da Serra da Mantiqueira, árvores frutíferas e tucanos no quintal... A roça tem sabores, cheiros, histórias, cores vivas e inéditas, na Casa do Tororó, em Gonçalves, sul de Minas. Cada detalhe surgiu como se criasse um conto – um caminho sempre sinuoso, de escolher as melhores palavras, mas vale ouro. Foi assim que a família da chef de cozinha Adriana Haddad chegou a este lugar no topo de uma encosta com 1.500 m de altitude. Moradores de Campinas, SP, eles sonhavam com a casa de campo. Nunca tinham ouvido falar da cidadezinha mineira que o amigo e arquiteto Carlos Verna indicou. Ainda assim, o Fábio, marido de Adriana, visitou o lote e comprou de primeira, como uma surpresa para ela. Quando a chef soube... “Fiquei brava! Não tinha nem estrada até lá. Subimos a pé a pirambeira, com um bebê no colo. Perguntei se iríamos de asa-delta na próxima!”, ri. Depois que Adriana se adaptou à ideia, os dois faziam piqueniques no terreno e ela cantava a canção do Itororó para os filhos Yasmin e Rafael, hoje com 9 e 7 anos. “Por isso virou a Casa do Tororó”, diz Adriana, que comanda o ateliê culinário Ovos Quebrados. No quintal, oliveiras, pessegueiros e pés de figo prometem a colheita sonhada. O deque de madeira, em meses como este, os faz flutuar sobre as nuvens. “Eu pensava que éramos família esquilo, de ficar embaixo das árvores. Mas agora somos família águia”, ri Adriana, com a mesma inspiração com que decorou os interiores. Em cores mais escuras, como as moradas de campo inglesas que ela ama, móveis herdados, itens trazidos de viagens ou comprados lá perto têm “causos” bons a serem contados. A subida valeu a pena para ela! “Nesta casa, aprendi a me envolver muito com a comunidade e a esperar o tempo das coisas”, diz ela. Fábio é certeiro: “Esse lugar é onde quero morar um dia, definitivamente”.
Casa e Jardim
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